segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Polêmica das notas frias - versão Gilsiano

A denúncia feita pelo Sr. Gilsiano na quinta feira dia 06 de Outubro gerou muitas repercusões, e para que não haja dúvida sobre o que foi dito daquele dia, o mesmo se prontificou, e enviou ao Blog a versão completa do caso, bem como as cópias da notas polêmicas.

Reiteramos que o Blog é um espaço para o debate e a explanação de ideias, sendo garantido para quem se achar de direito a oportunidade de defender. (opastodeeguas@gmail.com)
Segue abaixo email enviado pelo Gilsiano:

No dia 3 de outubro no dia do casamento de minha sobrinha o prefeito de Maria da Fé me ligou pedindo para falar comigo, como estava no casamento disse a ele que só poderia falar depois das 18:00 hs, e para minha surpresa ele estava na porta da igreja me esperando, sai falei com ele,e ele me disse que precisava que eu montasse o meu som na exposição para que a segunda banda tocasse, já que os produtores não autorizaram que a mesma tocasse no palco principal por causa do tempo, só poderiam tocar depois que a produção do show desmontasse todo o equipamento,o que levaria horas, e por isso a necessidade de um segundo som, este montado em baixo da cobertura do Ceasa, por cerca de 21:00 o equipamento já estava montado e a banda já havia chegado, fiz o show e fui embora, deixei para retirar o equipamento no dia seguinte, ao desmontar o mesmo fui informado que deveria deixar o som para que se fizesse um campeonato de cães, onde falei que o serviço não tinha sido combinado, mas mesmo assim fiquei com parte do som,mas a estrutura já tinha sido desmontada, ao final da tarde fui embora,no dia 20 de outubro de 2009 fui levar a nota para receber da prefeitura,como de costume,até hoje levo a nota em branco para ser feita junto com quem me contratou para assim colocar os dizeres do serviço,para que não haja erro, pois com uma pequena rasura a nota é recusada pelo departamento de compras, ai o prefeito me disse que precisaria de uma nota em um valor maior, como eu não tinha combinado preço com ele para realização do serviço na exposição disse que o meu serviço seria de R$800,00,ai ele se recusou a pagar este valor e ficamos acertados no valor de R$500,00,mas precisaria dar a ele um valor de aproximadamente R$4000,00,assim a nota sairia no valor R$4750,00,disse a ele que isto daria problema para mim e não poderia fazer, ai ele me disse que se não fosse assim não poderia me pagar, e me disse ainda: “vc quer receber não quer? quer continuar trabalhando? Quando me disse que a nota sairia com os dizeres que saiu, fiz logo a nota pois sabia que isto era totalmente ilegal, já que não se pode pagar festa com dinheiro da educação, e por isso teria como provar o desvio de verba, está é a primeira nota que dei a ele,

Quando recebi o cheque no mesmo dia, fui ao banco e troquei o cheque nominal a Gilsiano Souza de Mello, fui ao gabinete do prefeito e entreguei a sua parte, cerca de R$4088,50. ele ainda ficou chateado por eu ter descontado os impostos da parte dele, entreguei o dinheiro na presença de uma pessoa que não tenho certeza mas acredito que era a Maria Helena que na época era sua secretária, fui embora e quando cheguei em casa contei para a minha esposa que fazia parte do fundeb, ela me disse o que faria, pois como vou denunciar meu marido? eu disse que poderia denunciar, a sua função é fiscalizar o dinheiro da educação, se não o fizer pode complicar o seu lado depois, no mesmo dia ela procurou as outras pessoas do fundeb e fez as denuncias informalmente, o que aconteceu foi que no dia seguinte o prefeito já estava sabendo e me ligou pedindo para que eu fosse a prefeitura para que troca-se a nota pois a nota estava errada, fui então a prefeitura troquei a nota mas apenas os dizeres o valor continuou os mesmos,esta é a segunda nota:


“Foi interessante como uma denuncia feita a noite, no outro dia o denunciado já sabia, da mesma forma que marquei para falar na câmara de vereadores as 17:00 e as 18:30 o prefeito estava em minha casa”.

No começo do ano fui pagar meus impostos e o que percebi foi que o valor estava muito elevado, o que estava acontecendo é que eu estava pagando os mesmos impostos que eu já tinha recolhido na fonte, foi quando procurei a prefeitura de Cristina e Maria da Fé para pegar comprovantes, quando peguei os de Maria da Fé carimbado e assinado pelo DUDU “Eduardo Evaristo Ferreira” chefe de contabilidade, percebi que aquela nota tinha saído mesmo pela educação, não adiantou trocar a nota, pois o empenho já tinha sido feito e não foi trocado, observem que no documento abaixo, os valores são idênticos ao das notas,




“Imposto de renda retido na fonte-pessoa jurídica 00021Banco do Brasil S/A educação25% 66,50”

“Imposto sobre serviços de qualquer natureza-ISSQN 00021Banco do BrasilS/A-educação25% 95,00”

Então com este documento eu poderia provar que ouve o desvio de verba, mas o meu talão de notas não estava comigo, estava no contador e este o desviou, e consegui recupera-lo somente agora no final do mês passado, quem quiser pode fazer uma pesquisa e ver desde quando estou sem pagar os impostos referentes ao meu talão; e então entreguei a mesma para o vereador José Marcio e o vereador Big Boy, no dia em que foi marcado para fazer o uso da palavra o prefeito apareceu em meu comercio, meio que assustado não tive muita reação, fiquei sentado e ele me disse:

“Gil fiquei sabendo que vc vai falar na reunião da câmara hoje, é sobre aquele cheque? Aquilo já foi resolvido, não tem mais nada. Se vc for lá vc vai denegrir a minha imagem, pô, te ajudei com o seu menino quando ele estava internado”

Eu disse a ele que ele não fez mais do que sua obrigação, ele me ajudava com o combustível de uma viagem, eu fazia quatro por semana, durante um mês, que a obrigação dele era me manter em Alfenas junto ao meu menino ou me dar um carro para ir todo o dia, quem estava fazendo um favor era eu para com ele, isso me deixou ainda mais indignado, e agora ele veio me cobrar isto? Ai eu disse que não, eu ia falar das licitações que ele não fazia, que contratou som de Pouso Alegre para o festival gastronômico, para o festival de inverno, e de Pedralva para a exposição, para fazer a segunda banda, e até disse a ele que nunca Maria da Fé ficou sem uma festa de aniversário que ele pelo menos poderia ter me contratado para colocar um som na praça, mas como todos sabem ele é muito bom de conversa e tem explicação para tudo, quando perguntei a ele sobre a licitação do gás ele disse que era só conversar com ele que ele tinha resolvido que eu não precisava ir a câmara para denegrir a imagem dele, ai ficamos conversando até as 20:30 hs aproximadamente quando o vereador José Marcio me ligou,eu disse ao prefeito que tinha que entregar um gás urgente,daí saí e fui a reunião da câmara e fiz a denuncia.

Gilsiano Souza de Mello