Ao nos depararmos com uma
situação como essa, vivida na última reunião da assembleia da Câmara dos
Vereadores de Maria da Fé, surge uma pergunta que não quer calar: O que eu
posso fazer para mudar isso?
Vivemos momentos onde a parcela
de culpa que nos cabe foi cobrada, ou melhor, nos foi jogada na cara. Paramos
para pensar? Ou será que passaremos pela vida achando que esse tipo de coisa só
acontece em Brasília? Será que vamos nos dar conta de que ao tentarmos acertar
erramos novamente?
Penso: qual será o vírus que
transmite a corrupção? Por que alguém que
começa uma nova experiência política, ainda sem vícios, pode se entregar à
tentação de embolsar o alheio pela primeira vez? Pode ser medo da pobreza? Pode
ser ganância? Pode ser excesso de ingenuidade? Pode ser inocência ou será que
de fato é uma tendência moral? Péssima tendência, diga-se de passagem.
Diante disso tudo existe um ponto
em que não podemos esquecer: a fé, daqueles que acreditam no voto, não pode ser cega. Embora tenhamos provas que os dissabores da
corrupção nos ronda muito de perto, precisamos enxergar os focos de corrupção e
eliminá-los do cenário mariense. Não podemos nos vender por qualquer figo podre
não! Não podemos nos vender por nada! Nem por bloquetes de calçamento, nem por
casas populares, nem por sacos de cimento, nem por consultas médicas! Tudo isso
é um direito que temos. O político tem o poder de apressar e fazer acontecer isso, se não o faz é porque não quer fazer, ou porque não tem motivação suficiente nas urnas, simples!
Os vereadores precisam FISCALIZAR
sem medo o trabalho daqueles que colocamos no poder. Um vereador disse, na
reunião da câmara, que temos a liberdade de colocar facilmente alguém no poder,
mas que, uma vez o poder assumido, fica muito difícil de tirar depois,
certamente isso será uma questão para o Ministério Público resolver, mas nós
temos a obrigação de evitar que eles voltem ao poder! Políticos apadrinhados
que só ganham o dinheiro que suamos para conquistar, e que nos é tomado pelos
impostos caríssimos que pagamos, que não fazem nada a não ser politicagem de
interesse, precisam ser eliminados das cédulas eleitorais da nossa cidade.
Precisamos renovar o quadro
político de Maria da Fé, inserir novas personagens, novas ideias que trabalhem
a favor do povo, que destrave essa máquina administrativa viciada, que abra os
olhos para um futuro de crescimento, de oportunidades. Uma cidade para crescer
deve plantar coletivamente as ideias para o seu crescimento, falta essa
personagem que pare de olhar para seu próprio umbigo, para as realizações da
sua administração e passe a olhar pelo bem comum da sociedade.
Não adianta colocar no poder
personagens que já fizeram parte dele e que tentam constantemente fazer o povo
acreditar que foram eficientes em suas propostas. O discurso muda no
poder.
Somente depois de uma
conscientização coletiva, de fiscalização, de manifestação popular é que
poderemos transformar o nosso futuro, sem medo de ser feliz!
Égua Signata