Festival Gastronomico x Semana Santa

Alguns dias atrás estivemos debatendo no grupo do Pasto de Éguas no facebook, uma questão bastante relevante no que diz respeito à religiosidade e à cultura do nosso povo.

Esse debate iniciou-se devido a possibilidade da segunda edição do Festival Gastronômico Azeite e Batata de Maria da Fé acontecer novamente no feriado da Semana Santa, como foi no ano passado, e que, inevitavelmente trouxe o questionamento dos religiosos se a data seria apropriada para este determinado evento.

veja também:  http://www.pastodeeguas.com.br/2011/04/o-que-dizer-sobre-o-festival.html.

É desnecessário, mas vale lembrar que a Semana Santa é uma tradição da Igreja Católica, com as datas mais importantes dessa religião, uma vez que se celebram a paixão,  a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Para os que professam o catolicismo, é tempo então de abstinencia, de reflexão, de renúncias e de oração.

Como iniciativa de nossa atual secretária de turismo, criou-se em 2011 o primeiro Festival Gastronômico - Azeite e Batata de Maria da Fé, que como o próprio nome sugere, tem o objetivo de promover dois produtos centrais de nossa economia, a já antiga e tradicional batata e o futuro e inovador azeite. Criticas à parte, a ideia foi genial, e sem sombra de dúvidas vem a somar um pouco a mais nossa lista de esforços para tornar Maria da Fé a tão sonhada cidade turística, como a muito se tem pretendido. Ou seja, é tempo de comes e bebes, de comemorações, de diversão e descontração.

 Mas a pergunta que ficou no ar foi: É possível reunir esses dois diferentes eventos, de grande importância, em uma mesma semana?

Normalidade: uma árvore de frutos conceitos

Que aja normalidade! pois os homens ainda caminham tomando os limites do seu campo de visão pelos limites do mundo, as faces todas se embranquecem para termos um olhar uniforme, os passos e pegadas de nossos pés cabem dentro dos limites sociais e os que são capazes apenas do usual admitem o extraordinário somente quando este o toca. 

A normalidade vem transfigurada como uma tela bem pintada, os contornos são bem traçados, as cores bem distribuídas em perfeita harmonia. É como a rotina de um ‘homem bom’, que não se excede em palavras, exala pouco suor, passa a ferro suas expressões faciais e demonstrações práticas quando é tomado por sentimentos de cólera, de inutilidade, de desespero ou de profunda paixão. Aquele que dorme e acorda na mesma posição, tem paladar prático e repetitivo, no campo afetivo é feito de gestos curtos e bem ensaiados. Ao falar não eleva a voz o que conseqüentemente deixa a tarefa do entendimento para quem recebe sua mensagem, e este vagaroso como é muitas vezes só é concluído quando o homem bom já se foi.     

Em maneiras polidas pode-se dizer muitas asneiras sem perigo imediato, por detrás de ventos brandos há uma tempestade que surpreende. A questão não é deixar o caos fluir, mas avaliar até que ponto essa normalidade mata sonhos, seca desejos e limita relações. Até que ponto manter as coisas na normalidade nos impulsiona a olhar só pra frente e não ver que olhar para o lado também pode ser benefício porque tudo o que vem somado pelos lados, amplia pra frente e dá em cada estação o seu próprio fruto. 

Voto Distrital

Estive “navegando” pelos mistérios da “net” e encontrei algo que me deixou profundamente motivado, principalmente, pela problemática muito atual e pertinente que já algum tempo venho me questionando, que é tão falada Reforma Política. 

É o movimento #EuVotoDistrital, que tem como proposta a alteração de nosso atual modelo de eleição (voto proporcional) por uma nova forma de voto, que é o voto distrital.

Considerando o quadro, cada vez mais, insustentavel da política de nosso país, se faz necessário com demasiada urgencia, uma critica sobre o modo que escolhemos nossos candidatos.

E os nossos agricultores?

Há mais ou menos um ano, como postagem de estreia, trouxemos uma crítica sobre a agricultura de Maria da Fé, que outrora fonte de grande riquezas, e hoje tem se tornado uma grande fonte de dívidas e de dores de cabeça aos produtores.

• A batata para. Para também a cidade!

A agricultura familiar (pequenos produtores rurais), são de uma enorme importância para o setor abastecimento de nosso país, e em nosso município, formado majoritariamente por essa classe, representa além de tudo, um termômetro da economia local.

Com certeza o problema está além de nossas fronteiras, mas pensar nisso aqui, em nosso microuniverso, pode ser altamente eficiente pra resolução desse problema, que diretamente afeta os rumos do nosso município.

Um ano de "pasto de éguas"

O blog “O Pasto de Éguas” completou um ano de existência, (12/02) e é uma boa ocasião para fazermos um balanço sobre ele.

Foram vários os fatores que nos motivaram a criar este espaço.

A estática e a acomodação generalizada, nos fez pensar o quão bom seria um espaço democraticamente “limpo” e livre de interferências para promoção de debates sobre os interesses da cidade, usando a crítica consciente como ferramenta básica, para às vezes revoltadas, outras vezes humoradas formas de manifestações.

A analogia a famosa lenda da “praga do padre” -  que tem sua fundamentação nos boatos antigos -  nos traz o questionamento sobre a mentalidade anticrítica e conservadora de nosso povo, e a pergunta: será que ainda somos, e/ou sempre seremos um pasto de éguas?

Não somos mais a comunidade de 1912 (possível período da origem da lenda), e não devemos guardar ainda os injustificados preconceitos e retrações ao desenvolvimento humano-intelectual que as novas gerações potencialmente podem nos trazer.

O que se vê generalizadamente espalhado em nossa comunidade é a postura omissa de nossos cidadãos frente às arbitrariedades e ilegalidades cometidas, ano após ano, pelos diversos mandatários municipais, principalmente de uma “pseudo-elite intelectual”, figurinhas carimbadas há décadas nos diversos eventos sociais-culturais, que possuidores de boa formação intelectual, preferem por pintar Maria da Fé como um lugar idílico, a “Suíça alterosa, recanto ditoso de nossas vidas, de belas matas e montanhas rudes, de todos amada, muito querida” . Trata-se de uma omissão deliberada, consciente.

A crítica que sustenta nosso movimento recai no questionamento: quais os motivos dessa omissão generalizada?

Novas multas: filho feio não tem pai...

Filho feio não tem pai...

Como já havíamos relatado num post anterior ("Mais um veículo público com multa", de 03/08/2011), o Fiat Uno, placa HLF 1903 foi autuado na prefeitura de Pouso Alegre por duas infrações cometidas em 13/01/2010, por excesso de velocidade: a primeira pelo excesso em até 20 % da velocidade permitida na Av. Pinto Cobra, na altura do número 1020. Valor da multa: R$ 83,13. A outra multa se deu por infração cometida no mesmo dia e na mesma Av. Pinto Cobra, em Pouso Alegre. E também por excesso de velocidade, só que o excesso foi de 20 a 50 % e, por isso a multa foi mais salgada: R$ 127,69. Salientamos que o veículo havia sido licenciado em 2009.

Posteriormente, no post "Uno placa: HLF 1903 da Prefeitura autuado em Itanhandu", de 26/08/2011, divulgamos que o mesmo veículo foi autuado por excesso de velocidade no km 158 que liga Pouso Alto e Passa Quatro no dia 28/07/2011.

Pesquisando no site do Detran, verificamos que foi imposta outra multa em 30/08/2011 justamente pelo fato do automóvel estar sendo conduzido sem licenciamento, conforme vocês podem ver na tela abaixo:

A atual administração municipal abriu alguma sindicância para apurar quem é o infrator? Perguntar ainda não ofende...

Reunião da Câmara Municipal 09/02/2012 (áudio)

Já disponível o áudio da reunião da Câmara Municipal realizada no dia 09 de Fevereiro de 2012.

Clique no ícone abaixo para download:

Égua Vegetariana

Perguntar não ofende: será que pode ?

Em último ano de mandato, ano eleitoral, o Excelentíssimo Sr. Prefeito continua fazendo promessas (comprometimentos) ...

Como perguntar não ofender:  Será que pode fazer promessas em pleno ano eleitoral?

  

Não há dúvidas que o Distrito dos Pintos Negreiros é uma importante parte de nosso município, e que é de merecida atenção, porém também é uma das maiores zona eleitoral da cidade ...

O que o coração nos diz?

O que o coração diz manifesta-se em aversão. A cidade está em franca degradação, sem cuidados, abandonada. 

Será somente despreparo político?

Não serão, desde o início "vagas a serem preenchidas", certamente na interpretação dos nossos grandes ícones da historia local que avaliaram como requisito importante, para aqueles que se candidatarem as vagas existentes aos cargos, sob avaliação de VOTO POPULAR, ser imprescindível a habilidade de "descascar abacaxi"?

Sim, é o que o Município vem se tornando para os habilidosos em promessas absurdas, para os que se auto determinam heróis das soluções. Os protagonistas deste enlace, ardilosos na arte de bem direcionar suas mentiras, escolhem o público previamente para atingir o alvo pretendido.

Vai aí à pergunta: O que o Município representa para nós? 

Pra nós, os incomodados, os putos da vida com toda esta esculhambação.

Para nós, os que ainda tem esperanças forçando a barra com princípios de cidadania, ética, responsabilidade coletiva e tantos outros predicados que não atribuem significados nem exprimem estados ou modos de ser dos sujeitos que estão conjugados no presente e nem para aqueles que serão conjugados no futuro do presente?

Consciência cidadã

O conceito de cidadania é termo de uma difícil compreensão teórica, mas de fácil acesso prático. Por mais que os entendimentos sobre o “núcleo duro” do conceito de cidadania se enfrentem, ser cidadão e exercer a cidadania não demanda nada mais complexo, do que pensar e agir em proveito da coletividade.

Não vivemos em comunidade apenas por opção, durante muito tempo, no passado de nossa história, organizar-se em grupos era sinônimo de sobrevivência. Nossos antepassados na medida do tempo perceberam a importância de viver solidariamente, se agrupando, e compartilhando especialidades, com o fim de alcançar a proteção de seus próprios interesses e de seus familiares. Dessa forma, para ter a proteção e as vantagens do trabalho dos demais membros do seu grupo, era necessário também que ele oferecesse às mesmas vantagens a coletividade que lhe acolheu.

Com esse entendimento podemos chegar à conclusão que pra se ter DIREITOS é necessário também assumirmos DEVERES com a sociedade que nos acolhe, mesmo que, pelo fundamento de “sobrevivência social”.

Se olharmos para complexidade da atual organização de nossa sociedade, seja no âmbito de nosso país, de nosso estado, ou mesmo de nosso município, iremos perceber que a ação de uma determinada pessoa isoladamente interfere direta e/ou indiretamente na vida da coletividade, o que pode ser em muitos casos “perigoso” para o equilíbrio e a “sobrevivência” da comunidade que invariavelmente fazemos parte e dela dependemos.

#KD a conservação das ruas?

O problema da municipalização num panorama nacional

Acompanhando os debates desse blog, segue abaixo publicação feita hoje no Blog do Luis Nassif, posicionamento que tudo tem haver com os problemas relacionados a municipalização da sétima série no município de Maria da Fé.

É necessário analisar o tema com cautela, pois envolve muito mais do que a simples transferência da competência de uma esfera para outra. 

Fiquemos de olho! 

Paulinho da Lagoa e a municipalização da 7ª série

Prezados leitores, este blog não se esqueceu da cobertura da última reunião da Câmara, ocorrida em 26 de janeiro.

Merece destaque o pronunciamento do vereador Paulo Roberto do Nascimento (Paulinho da Lagoa) no final da reunião.

Inicialmente, ele tratou de justificar ao vereador Big Boy sobre as obras no Ribeirão Cambuí. 

Disse que a maior culpada pelos transtornos causados foi a empresa responsável pela obra, já que não realizou a necessária sondagem do terreno. Acrescentou que o Prefeito e os vereadores também eram culpados. Sustentou que sempre passava ao redor do ribeirão, gostou do serviço e não esperava que fossem ocorrer os danos aos moradores. 

Também responsabilizou o engenheiro das casas contruidas na Av. Dona Mariquinha, principalmente a da Dona Maria Laudy Raffoul. Indagou se ele não sabia que a casa estava sendo construída sobre um atoleiro. De igual modo, responsabilizou os donos das casas. 

Mencionou que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) igualmente tem sua culpa e alegou que o Sr. Rovani teria dito "Quem somos nós para fiscalizar o DER?".

Logo após, justificou seu voto a favor da municipalização da 7ª série. Disse que passou vergonha na reunião anterior, pois havia prometido à Sra. Jacqueline que votaria contra. Em seguida mencionou que "tem professor do Ginásio, ex-diretor, que é culpado disso". Sem mencionar o nome do referido ex-diretor, apontou que este tem filhos estudando no Colégio Primeiro de Junho (Nota do blog: se o Sr. Vereador aponta um ex-diretor como o culpado, ele deveria apontá-lo nominalmente para que este pudesse se defender.). Criticou também professores do ginásio que matricularam seus filhos no colégio acima mencionado: "Se o Ginásio fosse muito bom, os filhos dele estariam lá.".

Reclamou que pessoas agiram de forma que ele não gostou, como o fato da Sra. Maria Alice ter falado ao filho dele e que este não teria gostado. Relatou que o Professor Helber Fernandes Borges de Campos (o qual assina nesse blog como Égua Subversiva) foi a primeira pessoa a falar com ele após a reunião e teria lhe perguntado o porquê de ter votado a favor de um projeto tão ruim, mas depois pensou em sua cama: "Por que o filho dele estuda no Primeiro de Junho também? Como é que o projeto é ruim?".