quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O que o coração nos diz?

O que o coração diz manifesta-se em aversão. A cidade está em franca degradação, sem cuidados, abandonada. 

Será somente despreparo político?

Não serão, desde o início "vagas a serem preenchidas", certamente na interpretação dos nossos grandes ícones da historia local que avaliaram como requisito importante, para aqueles que se candidatarem as vagas existentes aos cargos, sob avaliação de VOTO POPULAR, ser imprescindível a habilidade de "descascar abacaxi"?

Sim, é o que o Município vem se tornando para os habilidosos em promessas absurdas, para os que se auto determinam heróis das soluções. Os protagonistas deste enlace, ardilosos na arte de bem direcionar suas mentiras, escolhem o público previamente para atingir o alvo pretendido.

Vai aí à pergunta: O que o Município representa para nós? 

Pra nós, os incomodados, os putos da vida com toda esta esculhambação.

Para nós, os que ainda tem esperanças forçando a barra com princípios de cidadania, ética, responsabilidade coletiva e tantos outros predicados que não atribuem significados nem exprimem estados ou modos de ser dos sujeitos que estão conjugados no presente e nem para aqueles que serão conjugados no futuro do presente?

A questão não é divulgar princípios e valores para fazer a cabeça dos outros, para educar semelhantes ou guiá-los por alguma senda. Nada de possuir a “proposta correta” ou a ideologia verdadeira para alcançar qualquer tipo de utopia.

Quem quer afirmar princípios e valores deve vivê-los na prática da sua experiência social, inserindo-se no convívio da comunidade, sair do ato de “expectar” por de cima do muro.

Ganhar pessoas para a nossa causa? Usá-las como escadas para a realização de nossos objetivos, para que? Isso é uma visão estreita, alienante.

Se nada conseguimos ou chegamos a algum lugar sem os outros é essencial promover o estimulo a diversidade de opiniões, de visões, de pontos de vista.

O objetivo coletivo deve ser a polinização mútua de idéias e comportamentos. 

Somente assim será possível permanecermos abertos às mudanças das nossas próprias opiniões, visões, pontos de vista e atitudes.

Os descascadores de abacaxi, dito popular para designar “coisa truncada” ou montar num porco, traçam caminhos para si em função dos outros, os alienados. Administram o futuro caso a caso do público alvo escolhido. Ou é um emprego para o neto, um muro para substituir a cerca de taquaras, um exame de alta complexidade para agilizar diagnóstico de paciente/eleitor desanimado, material básico para construção de puxadinhos, cestas básicas , passes escolares, etc, etc.

Estamos diante de um grande desafio: saber aceitar ou suportar as incertezas e as imprevisibilidades.

Se o coração diz e manifesta-se em mudanças, novo tempo, aceitar a sua aversão do agora é o primeiro passo. Inoje-se!

Égua da Terra