segunda-feira, 18 de julho de 2011

Breves considerações sobre o Festival de Inverno

Sou profundo defensor do Estado laico e já faz um bom tempo que não sou o que se chama de católico praticante.

Ocorre que o Festival de Inverno, assim como o Festival Gastronômico, desconsiderou a importância da religiosidade na cultura local e também que, independentemente de religião, a Igreja Matriz é o nosso mais importante patrimônio artístico.

Vejamos primeiramente o que aconteceu no Festival Gastronômico. O festival coincidiu com a Semana Santa e poderiam perfeitamente integrar as procissões e as encenações como parte do evento. Isso aconteceu? Bem... Enquanto estava sendo encenada a Paixão de Cristo na Praça da Matriz, era perfeitamente possível escutar Cyndi Lauper partindo do som da praça Getúlio Vargas.

O mesmo ocorreu no Festival de Inverno. No ano passado, a decoração da Matriz estava a coisa mais linda, sem falar nas visitas monitoradas ao templo que, repito, é o nosso maior patrimônio artístico. Desconheço os motivos pelos quais não houve a visita e convido algum representante da paróquia para informar sobre isso. Como se não bastasse, durante a homilia do Pe. Leonino, era perfeitamente possível escutar "Mulher de Fases" (mais conhecida por "Complicada e Perfeitinha" vindo do som da praça.

Repito: sou profundo defensor do Estado laico e nem de longe quero que a cidade fique parada durante missas ou procissões. Apenas reitero que a religiosidade faz parte da cultura local. Somos uma cidade mineira, oras!


Égua Vegetariana