quinta-feira, 22 de março de 2012

Uma Mariense atenta

Fazendo uma retrospectiva sobre a introdução do "novo" ao antigo, quando esse novo é introduzido de forma agressiva, sem planejamento, sem organização, sem senso de proporção, apenas COPIANDO o que se faz em outras localidades, como moda de passarela. 
Quantos de nós lamentamos pela Praça da Matriz de agora, reformada sob moldes neutros, concreto demais, arborização de menos e nenhum cuidado público? 


Pela Praça da Matriz, de ontem, plana, harmônica, arborizada, estilo nobre, digna de fazer inveja a qualquer visitante nacional, estrangeiro, para orgulho dos moradores daqui? 

As utilizações de asfalto em ruas que hoje cediam buracos enormes estão inviabilizadas de receber qualquer manutenção, além de ser matéria-prima causadora de grande malefício a saúde por ser de procedência fóssil. Modismo? 

As nossas características de relevo carecem de pavimentação porosa, saudável.

Os calçadões são alternativas de substituição de ruas de comércio, com bares, cafés restaurantes para localidades que buscam explorar a vocação de lazer, as atividades econômicas que ali se desenvolvem, a atenção especial ao pedestre. Ah sim, o nosso calçadão será liberado em dias úteis ... Percebem a incoerência?

Quando o vereador declara que em Itajubá em nada prejudicou o comércio, ele tem razão, a finalidade do calçadão está em sintonia com os objetivos, de lá.

Somos ricos de idéias vindas de fora para dentro. Os projetos, as reformas, as revitalizações precisam ser pensadas, formuladas "sob medida". 

Maria da Fé "não veste roupas de produção em série". Existe identidade, maneira de ser e ter que ainda não foi captada por aqueles que tiveram a oportunidade de implementá-las.

Fica a impressão que tentam apagar suas digitais, encaixando modernidades fúteis, improcedentes, descartáveis. Como as tentativas de amenizar alguns defeitos de ordem genética, mas infelizmente, o cirurgião plástico é desprovido de sensibilidade, senso de estética, um profissional medíocre.

Lembrar do trecho da música do Ultraje à Rigor é tudo que não podemos concluir sobre o nosso presente, já refletindo no futuro.
A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dente
Tem gringo pensando que nóis é indigente ... (*)
Égua da Terra

* Inútil - Ultrage à Rigor