quarta-feira, 7 de março de 2012

O dedo mostra a Lua, o tolo vê o dedo...

Uma pálida e misteriosa luz incomoda meus olhos. Resisto em abri-los, mas a luz se faz sabor, doce e amargo, se faz música, tempestuosa e serena. É a luz da volta. De volta ao caminho.
Sigo-a como criança curiosa e hesitante. E o que vejo? Meu corpo e minha mente sobre a grama verde, falsamente, calma. E revejo o pasto.
Saudai-vos, meus caros! Júbilos sejam estendidos por toda a terra...O despertar acontece com a inquietação.
Que vozes são estas, tão famintas de corpo e de alma... que colericamente soam nos ares?
Indignação? O messias está ofendido pela alegria da fartura... Razão? O público é laico...
Calai-vos! Ouçam... vejo a discórdia entre pares.... discussões pífias... onde está o problema, realmente?
Esquecei-vos do relevante? Nosso mundo será invadido por acusações, favores, especulações... o humano será ressaltado, bajulado! O pleito se aproxima... vagaroso como serpente.... vais domá-la, vais ferí-la? Onde vais? Esconder-se no templo ou na cozinha?
Me embriaguem com palavras... razões a discutir.... é tempo de falar... de retornar!
Égua Herege