segunda-feira, 25 de abril de 2011

O que dizer sobre o festival gastronomico ???


Seria uma lacuna muito grande não comentarmos sobre o "Festival Gastronomico - Batata e Azeite",
Então expresso aqui minha opnião:

Genial ideia de promover a cidade fundamentando em sua principal fonte de economia (batata) e nossa futura "mina de ouro" (azeite).

Muita gente construiu e ainda hoje vive (sobrevive) em função da produção de batata, o azeite promete, e já somos bem conhecidos como a “cidade das oliveiras”, então, nada mais que conveniente e importante um evento com esse tema, devemos aplaudir a idéia.

Meus Parabéns para a Prefeitura Mariense ...

Por outro lado, coloco em pauta uma crítica: devo dizer que falto ESTRUTURA. Tanto física, relativa ao evento, como ideológica, tendo em vista que a cidade de uma forma geral (os periféricos) não acompanharam a evolução desse evento;

Explico ...

A cidade não estava preparada para o evento, todos presenciaram a grande quantidade de pessoas que estiveram no local, foi fantástico ver tanta gente, mas os comerciantes sentiram a falta de uma estrutura física eficiente, que vai além de belas barracas e chão de madeira.

Faltou aquela estrutura necessária de bons “anfitriões”

Quem sabia sobre pratos de batata e azeite ?

Azeite com 250 ml a R$ 50,00 ???

E aonde estava a mão-de-obra necessária (inteirada e conhecedora do objeto do festival) para dar base para aquele evento ???

E a “periferia” Mariense onde estava?

Pode ser que os turista não reclamaram ao adquirir o primeiro azeite originalmente brasileiro pelo preço que estavam cobrando, mas reclamou em não encontrar o mesmo produto no comércio e na culinária local (fui prova desse fato)

O que mais se viu (ou comeu) foram os diversos pratos de bacalhau, que não são exatamente os de batata e azeite (com alguma exceções é claro)

O comércio Mariense se viu completamente despreparado para atender a demanda do que foi um rascunho da onde pretendemos chegar !!!

Uma contradição me incomodou!

Prestigiamos a batata como produto tipicamente mariense, mas esquecemos do produtor desse produto (batateiro)! Aonde estava esse individuo na hora do festival ?

Provavelmente em casa cansado, em meio as suas dividas rezando e pedindo a Deus por dias melhores.

Decidimos por engrandecer o nome “batata” e esquecemos do “inferno” que esses trabalhadores, abandonados, tem que encarar todos os dias.

É dessa falta de estrutura, principalmente, que me refiro quando mencionado a falta do elemento ideológico do festival.

Precisamos, além de um belo apelo turístico, incentivar e fortalecer a economia mariense a fim de construirmos aquele turismo sustentável tão clamado em períodos eleitorais, trazendo para perto do desenvolvimento todos os cidadões marienses (até aqueles que disso nada entendem)

O TURISMO MARIENSE ESTA SE ELITIZANDO, tomemos cuidado com isso!!!

Gostaria de deixar claro, que o meu posicionamento é de aprovação ao festival (pelo menos até quando forem divulgados o balanço dos gastos e lucros do evento) e que as críticas acima tem o objetivo de fortalecer e corrigir o que eventualmente pode atrapalhar o futuro turístico sustentável mariense.

Égua Malhada