terça-feira, 21 de junho de 2011

Poesia torta de uma égua decepcionada

Aconteceu como um devaneio
Uma brisa em seus pelos
Palavra palavra não veio,
Mas veio os apelos

No escuro todo relincho arrepia
É tão bonito que se valoriza
De manhã bem cedo, desmitifica
então se desvaloriza

Tem égua que ficou muda
Outras tantas, amedrontadas
mudança muda, não muda
e aquela história, mal contada

O sonhos então, já não mais existem
existe apenas o que não anda
na mente, insensatez que não permitem
não permite porque desanda

É inverno naquele Pasto,
O frio esfria o coração
Culpe aquele anonimato,
Mostrar a cara, traz aversão

Muito embora, um pouco longe
Duas éguas insistem em rincho
Falam em suplicas como um monge
Com a força de um relincho

A futuro passou aqui,
Tão depressa quanto um bonde
Que sorte, não vai frui
Aquele sonho, não corresponde

Naquele pasto é assim
A praga do Padre se eterniza
A cidade vai ao seu fim
Sem uma sorte que ameniza

Égua Malhada