sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Suicídio nos Pintos Negreiros: 20 Mortes

Quantas mortes, minha gente! E sempre suicídio. Morreu outra pessoa, recentemente, o senhor Genésio da Pedreira (o que escreve aqui é outro Genésio): não resistiu aos estragos do veneno ingerido. É um “caso particular”, disseram, para descartar efeitos de contaminação por agrotóxicos. Mas acho que não tem nada disso: deve ser efeito de veneno mesmo. Depois de contaminado, isso mata hoje ou daqui a 10, 20 anos – mas mata. Uns resistem mais do que outros. 

Pedi ao Chico, meu irmão, e aos amigos dos Pintos Negreiros para tentar fazer uma lista dos casos. Eles conhecem o pessoal todo. Hoje me mandaram o resultado. Vejam os nomes dos que cometeram suicídio: 

  1 - Mário Caetano 
  2 - Sô Crispim 
  3 - Zé Moizés, 
  4 - Zé Marques 
  5 - Toninho do Luiz Carrinho 
  6 - Zé Carrinho 
  7 - Bosquinho 
  8 - Jucima do Anízio 
  9 - Zé Caneca (pai) 
10 - Darci do Luiz Carrinho 
11 - Lílian do Tutu 
12 - Zé Marques 
13 - Zezinho Tatu 
14 - Maria de Jesuis 
15 - Alexandra do Mário (13 anos) 
16 - Pilão (filho do Sr. Júlio) 
17 - Negão do Pêra 
18 - Nenê do José Divino 
19 - Paranaense 
20 - Genésio (da Pedreira) 

A lista ainda não está completa. Estatisticamente, o resultado é de abismar. O número é grande, para uma população rural tão pequena. Trata-se de um caso para preocupação do pessoal da saúde. É um caso a ser levado aos pesquisadores de universidades. Comuniquem isso à UFMG, à USP. 

E sempre tem uma constante nesses casos: depressão, fixação e uma outra coisa espantosa: muitos morrem de um jeito que a gente não compreende o enforcamento, pois o fazem quase que sentados. Não se trata de um enforcamento daqueles em que o sujeito não tem como voltar atrás depois de se soltar, dependurado no vazio. 

Muitos homens e mulheres se foram, do mesmo jeito, nesses tempos atrás. Não sei se tem a ver, mesmo, só com agrotóxicos. Não sei se o modo de vida pesa nisso para levar à depressão. Não sabemos se o álcool conta mais ou combinado com isso tudo. Não sei se falta perspectiva de vida. Não sei se as relações homem-mulher são decepcionantes e suficientes para isso. E ninguém sabe – embora afirmem – que pode ser efeito de altitude. 

Sem saber nada, não se pode tratar disso, prevenir. O serviço de saúde da prefeitura de Maria da Fé precisa levar esse caso para estudo por centros de pesquisa. Eles existem para isso, para tentar dar respostas aos problemas surgidos na vida dos cidadãos e, assim, instruí-los. Está aí um serviço nobre para o prefeito, para os vereadores prestarem à comunidade: entrem em contato com as universidades. Já escrevi sobre isso no dia 27 setembro deste ano. Se vocês, até agora, nada fizeram nesse sentido – são irresponsáveis. 

Genésio Fernandes 
Pintura e Texto

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mudar o Mundo


Certa vez perguntaram à Margaret Thatcher, ex-Primeira Ministra do Reino Unido, se ela achava que uma pessoa sozinha seria capaz de mudar o Mundo. Ela respondeu o seguinte: “Mas não é isso o que sempre acontece?”. Pessoas com capacidade de realização, visão de futuro e competência não são raras, mas no exercício do poder público são incomuns. Quando elas aparecem fica óbvio seu talento, graças principalmente, a uma característica mercante: a capacidade de chamar a responsabilidade para si.

Apesar de termos exemplos recentes de pessoas desse tipo, eu gosto sempre de citar Juscelino Kubistchek. Passou pelos cargos de Deputado Federal, Prefeito de Belo Horizonte, Governador de Minas e Presidente do Brasil sempre como um político exímio e grande estadista. Como Presidente mostrou-se competente não apenas pela forma inata de governar, mas também por se cercar de pessoas que encontrariam ao lado dele a oportunidade para, exercendo suas funções, contribuir de forma plena com o país.

É difícil governar a esmo, talvez seja por isso que JK partiu do princípio e, como um bom inglês ou norte americano faria, elencou as principais limitações ao desenvolvimento do Brasil, a fim de orientar-se buscando a solução desses problemas. Daí surgiu o Plano de Metas (alimentação, energia, transportes, indústria de base e a meta síntese: Brasília). Os resultados foram como previa o lema: “cinquenta anos em cinco”. Por governar de forma planejada, JK permitiu, entre inúmeras outras coisas, o surgimento da indústria automobilística nacional e a criação da cidade que por muitos anos foi considerada uma das mais bem planejadas do mundo: Brasília.

Lúcio Costa criou no desenho do avião uma cidade divida em super-quadras, prédios erguidos sobre pilotis e um sistema de vias que se sustenta no “eixão”, uma pista de 3 faixas em cada sentido com velocidade limitada de 80 Km/h sem semáforos, quebra-molas ou qualquer outro impedimento, e que liga de forma rápida e prática as Asas da cidade. Oscar Niemayer, por sua vez, revolucionou a arquitetura e, entre outras coisas, reinventou o desenho das colunas, superando uma estagnação de mais de 3 mil anos nessa área.

Não me parece que o sucesso de homens como JK em governar seja um segredo. Algumas características claramente contribuem o bom exercício da arte e da ciência de governar: (1) capacidade de “chamar a responsabilidade” para si, (2) comprometimento com a função exercida, (3) planejamento, (4) estratégias baseadas em metas e, em especial, (5) cercar-se das pessoas certas.

Em Maria da Fé isso está longe de acontecer. A escolha de pessoas para cargos que dependem de indicação, por exemplo, muitas vezes não respeita critérios técnicos, o que torna difícil que as principais áreas nas quais é dividida a administração sejam conduzidas de forma profissional. Pessoas que não têm o que se chama de “mérito” ficam responsáveis por setores importantes da máquina administrativa.

Isso não causa apenas atraso, má administração dos recursos e pouca eficiência. Causa também destruição, dor, sofrimento e frustração. O que aconteceu com as margens do Ribeirão Cambuí exemplifica bem isso. As alterações no subsolo causadas por uma sucessão de erros em todo o transcorrer da obra, inclusive a falta de atuação imediata logo após o aparecimento dos primeiros pontos de rebaixamento do solo, culminaram com danos à estrutura das casas próximas ao rio. Algumas estão sob risco de serem engolidas pelas erosões/buracos que surgiram. Os moradores, cidadãos de bem, encontram-se esquecidos, isolados e sob risco de perderem o patrimônio fruto de trabalho árduo, precisando lutar sozinhos contra um problema “sem responsáveis”.

Sinto falta em nossa Cidade de governantes revolucionários, estadistas competentes e pragmáticos. As novas ruas, calçadas nas administrações das últimas décadas sequer possuem bueiros, que dirá sistemas eficazes de drenagem das águas pluviais? Os pré-candidatos a prefeito e vereador (conhecidos nos bastidores) são todos comprovadamente incapazes de pensar e agir como exigem as situações, como exige o século XXI. Sinto falta de muita coisa em Maria da Fé, principalmente sinto falta de alguém capaz de mudar o Mundo.

Égua Astronauta








quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

De quem é o filho?


Até quando vamos ter paciência com o “ping” “pong” com nossas necessidades básicas?

Vai ficar assim agora, a Prefeitura joga a culpa no DER e por sua vez, o mesmo joga a culpa das irregularidades nas obras do Ribeirão Cambuí na conta da Prefeitura Municipal. 

E assim vai ... e eu pergunto: e os moradores, os pedestres, os motoristas e OS CIDADÃOS de Maria da Fé como vão ficar? 

Como disse um preocupado cidadão na reportagem (abaixo): vamos esperar uma tragédia acontecer? 

O engraçado é que quando a coisa aperta o “filho” não é de ninguém. 

Em momento de fomento, nosso Excelentíssimo Prefeito fez questão de engrandecer-se com o anúncio das obras de limpeza e ampliação do Ribeirão Cambuí como iniciativa sua fosse. 

Pois bem, parece que a história não é bem assim, pelo menos, é o que o mesmo declarou a alguns moradores e o próprio secretário de obras disse ao canal EPTV, que as obras estão sendo realizadas por empresa contratada por meio de uma licitação de promoção do Estado de MG, e que o DER seria o responsável pela fiscalização da obra. 

Vamos lembrar também, que em Janeiro e Fevereiro de 2011 sofremos com as terríveis consequências das enchentes que colocou em cheque a segurança dos moradores das marginais do ribeirão, que gerou, por sua vez, grandes prejuízos para todos os moradores do município. Com essa justificativa a Administração da cidade declarou estado de emergência ao município. 

No mês de março deste mesmo ano, foi distribuído ao município cerca de R$ 900.000,00 pelo Governo Federal para resolver os problemas que já narramos, conforme o próprio secretário confirma.

A pergunta fica sem respostas: quem é realmente o responsável pela obra? (e por seus prejuízos?) 

Jogo de poder, irresponsabilidade, imperícia ... e o prejudicado somos todos nós, frisa-se, e ainda nem começaram as chuvas em toda a sua fúria. 

Fato é que, já estamos em Dezembro e essas obras, justificadas pelo estrago de feitos pela chuva em Fevereiro, ainda não estão prontas. E dirá o pessimista: agora esta pior ainda!

Vamos nos questionar e ir atrás dos responsáveis, a situação não pode ficar assim.

Notítcia EPTV MG (veja o vídeo): 

Égua Malhada


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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ensaio Sobre a Loucura

Por muito tempo me vi buscando a definição do que era o normal. Infelizmente descobri que a normalidade não possui uma definição, mas sim um conceito. Ao contrário das definições, os conceitos não são verdades absolutas e, portanto, estão sujeitos a mudanças e interpretações variáveis. No ambiente científico, o normal é tido como a média ± 2 desvios padrões e isso é o que eu uso para me orientar.

Outro fenômeno interessante, e que se contrapõe à normalidade, é a loucura. Existem casos clássicos e evidentes, os quais são manifestos por psicose, paranóia e alucinações. Mas há também uma loucura persistente, menos evidente e que não necessariamente é individual, podendo ser coletiva. Ela tem conseqüências sociais mais sérias porque é uma doença importante, porém difícil de ser separada do que muitos entendem como normal.

Alguns historiadores atribuem a queda do Império Romano à intoxicação populacional por chumbo, metal pesado empregado nos sistemas de encanamento, utensílios de cozinha e nos vasos que concentravam o suco de uva na produção do vinho. Antes de se fixar nos ossos, o chumbo se deposita no fígado, rins e cérebro. O acometimento desse último pode causar a ocorrência de alguns dos sintomas da loucura. O estado mental alterado dos governantes e da população teria então sido o início de uma série de eventos que causariam a queda do Império.

Se analisarmos bem, existem evidências que justificam essa hipótese. Quando o Império Romano e a própria Roma começaram a sofrer sucessivos ataques que prenunciavam o fim, os romanos passaram a demonstrar uma noção alterada sobre o futuro. O que aconteceu foi que cada indivíduo valorizava apenas o presente e, como conseqüência, explorava-o ao máximo. Daí surgiu a expressão Carpe Dien ou “colha o dia”.

E não é isso o que acontece na sociedade atual? As pessoas não se preocupam como o coletivo, não procuram contribuir para que sejam construídas obras e tomadas iniciativas que beneficiem as pessoas que viverão além do tempo presente. Os políticos, por sua vez, tentam explorar ao máximo as oportunidades, seja por ganância, seja puramente com o objetivo de obter realização pessoal por meio do poder, exercendo-o em benefício próprio.

Há sintomas e sinais de loucura permeando os discursos nos plenários de todo o país. As justificativas para a falta de compromisso com o bem comum estão cheias de evidências de neuroses, delírios persecutórios, realidade paralela e isolamento social. Existe também, ainda dentro da classificação das loucuras, a síndrome do politiqueiro. Os representantes do poder executivo ou legislativo acometidos por esse mal apresentam os seguintes sinais e sintomas: (1) saúdam calorosamente as pessoas, (2) fazem perguntas estratégicas a fim de demonstrar afetividade e interesse, (3) dedicam elogios premeditados, (4) despedem-se rapidamente (já andando) deixando a perspectiva da ocorrência de encontros futuros mais duradouros para conversar melhor sobre o assunto iniciado (o que geralmente não acontece) e (5) acreditam verdadeiramente que estão fazendo um bom trabalho.

A oposição, por outro lado, também tem sua dose de loucura. Orienta seus atos buscando reafirmar a superioridade de seus correligionários e, disfarçados de relicários de justiça e honestidade, estão na verdade fazendo campanha política para seus patrões temporariamente fora do poder. Acredito verdadeiramente que a orientação política fundamentalista e o próprio apoio a outros candidatos não é prudente e indica algum grau de insanidade. Basta lembrar o que Deus tem a dizer sobre o tema: “Maldito o homem que confia no homem”.

Contudo, e a despeito de não ser possível que uma pessoa diagnostique sua própria loucura, não posso deixar de atentar para o fato de que aqueles que criticam e tentam contribuir para uma discussão mais sóbria da conduta de prefeitos e vereadores também não estão isentos de sua parcela de loucura. Não podemos nos privar da autocrítica. Tudo que escrevemos da atual administração de Maria da Fé não deixa de privilegiar e beneficiar os oportunistas que a seu tempo já ocuparam os cargos públicos da nossa cidade e hoje são como hienas à espreita. Mas se serve de consolo, eles também são loucos, só que nesse caso há um grau de periculosidade maior, que advém do fato de (alguns) terem traços de personalidade típicos dos manipuladores, como a inteligência verbal e a ausência de sentimentos, inclusive o de culpa.

Falar sobre política não era para ser loucura, mas atualmente é. Será que nossas iniciativas serão responsáveis por alguma mudança? Será que tudo isso é um dilema, isto é, uma premissa cujos termos conduzem à mesma conseqüência? A respeito das coisas que fazemos sobre a face da Terra, não tenho uma definição, mas faço uso do seguinte conceito escrito em forma de poema por Guimarães Rosa “Quem nos leva é a vida e nessa dura lida não sabemos aonde ir. Um passarinho que faz seu ninho tem mãos a medir”?

Égua Astronauta

 

sábado, 3 de dezembro de 2011

Tecla SAP: A fala do Prefeito na Tribuna (RCM 24/11)




A fala do Sr. Prefeito  está na 2ª parte da Reunião da Câmara Municipal (RCM) e começa aos 94:30 do arquivo:



96:31 - Prefeito relembra seus dois mandatos como vereador, mas ressalta que não estava sendo prazeroso retornar à Câmara nas circunstâncias presentes. Diz que caiu o nível da política mariense e se envergonha disso. Diz que tem viajado muito a Brasília e a BH para conseguir recursos para o Município. 

99:14 - Diz que assumiu a prefeitura com mais de R$ 1.070.000,00 de dívidas. Obras com dinheiro já gasto e sem estarem concluídas (Isso é gravíssimo! Perguntamos ao Sr. Prefeito se ele procurou tomar as medidas jurídicas cabíveis para responsabilizar quem lesou o Município).Que posteriormente equilibrou as contas de Maria da Fé e pôde estar realizando obras, como o Poliesportivo, ampliação do Jardim Florido e troca do piso, a obra no rio, pontes, construção de despensa e duas salas no Pe. Pivato, cozinha da Apae, troca do telhado da Casa da Criança, compra do terreno para as casas populares, futura instalação de academia da terceira idade na praça, reforma do campo de futebol, etc.

104:13 - (Problemas no áudio).Trata das obras no Ribeirão Cambuí e diz que há problemas no solo, pois as margens da Av. Dona Mariquinha é composta de terrenos instáveis. Que reuniu-se com o DER e com a empreiteira que está realizando a obra. Que não aceitou a medição da empreiteira, que queria se eximir da responsabilidade pelos prejuízos. Diz que vai ressarcir os prejuízos da melhor maneira possível.

113:12 - Diz que, por causa das denúncias feitas na Câmara, tem que perder tempo para fazer sua defesa e esclarecimentos, pois uma simples visita no gabinete poderia esclarecer os fatos. 

113:52 - Reitera o teor do ofício lido no começo da reunião. Trata do programa de ICMS Cultural. Que aumentou a receita de MF de R$ 35.000,00 para R$ 100.000,00. Apresenta um gráfico da evolução das verbas de 1998 até 2011. Que tal verba deve ser usada para a preservação de bens tombados ou inventariados. Que o Conselho Municipal de Cultura, então presidido por Helber Fernandes Borges de Campos, determinou os bens que receberiam a verba. Informa que, na administração anterior (2005-2008), as telhas do Centro Cultural não foram trocadas, mas lavadas (Abrimos espaço para qualquer representante da gestão anterior para que confirme ou não tal relato). Diz que se as verbas não fossem empregadas, teriam que ser devolvidas e perderiam pontuação. Em razão disso, as obras tiveram que ser feitas a toque de caixa. Cita jurisprudência do Tribunal de Contas no sentido de que, em casos excepcionais, é admissível o pagamento dos empenhos antes da execução das obras e serviços. No caso das obras da Igreja, lê ofício enviado pelos Padres Leonino e Leonardo informando a impossibilidade da execução das obras no campanário, pois poderiam prejudicar o projeto de restauração da matriz enviado ao Ministério da Cultura. 

131:00 - Diz que a madeira foi comprada da Madeireira Piranguinhense, mas que não foi entregue. Aguarda-se deliberação do Conselho de Turismo para saber a destinação. Diz que o dinheiro pago foi devolvido e será utilizado para troca do piso do Centro Cultural. 

133:00 - Reitera que uma simples visita no gabinete poderia esclarecer tudo. Diz que a Lei  Municipal 1081/98 diz que o Poder Executivo, ouvido o Conselho de Cultura, poderá indicar outras formas de acautelamento dos bens tombados. 

138:51 - Trata da pintura da Maria-Fumaça. Diz que a tinta automotiva é cara. Que a pintura de um fusca costuma ficar em R$ 2.000,00 e que a locomotiva tem tamanho de três fuscas. Logo, R$ 1.500,00 para a pintura da Maria-Fumaça foi praticamente de graça.

140:12 - Fala para a população imaginar como devem se sentir a mãe e esposa do Prefeito ouvindo as denúncias do vereador Luis Antonio. Diz que sempre trabalhou para ganhar seu dinheiro. Que seu pai o ensinou a falar de uma pessoa na frente dela, dando-lhe direito de se defender. Diz ao vereador Big Boy: "se você estava acostumado, na sua infância, a roubar laranjas...". Diz que não precisou levar surra de seu pai para aprender a honrar seu nome e as calças que vestia e que nunca roubou laranjas. "Então queria pedir a esse vereador que desinfetasse sua boca quando falasse mal...".  

142:53 - Acusa a oposição de estar atrapalhando seu serviço. Acusa vereador José Marcio de ter coagido pessoas a acusar o Prefeito de superfaturamento perante o Promotor. 

144:25 - Vereador Jean pondera que quando os poderes Legislativo e Executivo não chegam num acordo, entra o Poder Judiciário. Relembra ao Prefeito que na vida particular a gente faz tudo o que a lei não proíbe e que, na vida pública, se faz só o que ela permite. Que, de 98 projetos de lei enviados pelo Prefeito, a Câmara reprovou somente quatro e que, por outro lado, de 302 requerimentos enviados ao Poder Executivo, somente foram respondidos dez

149:12 - Vereador Valdecy Boy pede a palavra, para tomada de providências nas casas de pessoas atingidas pelas obras no rio.

153:24 - Vereador Paulino da Lagoa diz que, em vez de fazer requerimentos, prefere ir ao gabinete do Prefeito ou ao barracão falar com o Marcelo.

161:57 - Prefeito diz que talvez nem candidate a reeleição por causa da desarmonia. diz que sempre usará a Tribuna se houver julgamentos precipitados sobre sua pessoa. Diz que o desgaste político e psicológico é grande.

165:23 - Vereador Big Boy diz que também desanima, pois tem pessoas que tentam calá-lo e intimidá-lo. Pergunta qual garoto nunca pegou uma laranja, inocentemente. Diz que o Prefeito, quando fala em "desinfetar sua boca", na verdade fala em calar a boca mesmo. Sustenta que, se o Prefeito quer harmonia com a Câmara, que trabalhe segundo as leis. Questiona o porquê do Prefeito querer que os vereadores se dirijam ao seu gabinete: "Para amaciar a carne? Para passar manteiga na boca da gente?". Disse que o dinheiro da mão-de-obra somente foi devolvido em 01/11, quando os vereadores já sabiam das irregularidades. Encerra dizendo que os vereadores estão colocando o executivo para trabalhar corretamente.

Égua Vegetariana 


Antisséptico bucal, usado para desinfetar a boca

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

É rir pra não chorar !



É Rir Pra Não Chorar 

Jota Quest


Tô pensando muito sério
Em mudar meu raciocínio
Tô querendo ficar zen
Mas não tenho patrocínio
Falta o líquido e o certo
Falta até água da chuva
Pra lavar essa sujeira
Pra levar essa minha angústia
Eu sei que eu decidi assim
Não vou ficar parado aqui
Sem fazer nada

Eu te aconselho à vir também
Porque já não dá mais pra deixar prá lá
Tem gente que tá puro lixo
E quem tá com a mão mais suja?
O empresário ou o político?
O acusado ou quem acusa?
Eu peço a atenção ao povo
Quando for eleger de novo
Se lembre de tudo
Que pense no futuro



É, tá brabo
É rir pra não chorar (3x)



É que agora veio à tona
O que já estava acontecendo
Acabou, não tem mistério
O que estavam escondendo
Não se sabe de onde veio
Só que é muita grana suja
Dividiram entre eles
O que era de outros mil
Eu sei que eu decidi assim
Não vou ficar parado aqui
Sem fazer nada
Eu te aconselho a vir também

Por que já não dá mais pra deixar pra lá
Não é possível que essa trupe
Depois dessa saia impune
Que, senão, Deus nos ajude
Que eu tenha força e atitude
Eu peço a atenção ao povo
Quando for eleger de novo
Se lembre de tudo
E pense no futuro


É, tá brabo
É rir pra não chorar (3x)


Égua Malhada




quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Feliz Natal para todos!



UMA CRIANÇA VEM: FELIZ NATAL PARA TODOS!


Eu quero os teus pulmões a todo vapor
no ano que prossegue o terminado
como se o findo fora de médio amor
se ao vindouro comparado.


Sem corrente de ar
não há ondas
e nem mar.


Não é preciso ser Camões
pra rimar vida
com pulmões.


Genésio Fernandes
Pintura e Texto


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Notícias EPTV - Criminalidade em Maria da Fé

Operação contra perturbação da ordem pública apreende 6 motos
Ação da PM foi em bairro rural da cidade

28/11/2011 - 09:58

EPTV

Uma operação contra a perturbação da ordem pública apreendeu seis motos, um carro e uma faca na noite deste domingo (27), no bairro Mata do Isidoro, na zona rural de Maria da Fé, no Sul de Minas. A operação foi uma ação conjunta entre a Polícia Militar da cidade e de Cristina, além da Polícia Civil de Itajubá, e reuniu 20 oficiais.

Segundo a PM, a operação foi realizada depois que vários moradores reclamaram da confusão que o bairro virava durante a noite, devido aos bares e comércios no local. Segundo as denúncias, vários menores de idade vão ao local para consumir bebidas alcoólicas e brigas são comuns no bairro. Quando os policiais chegaram no bairro, vários adolescentes fugiram pelo matagal. Os veículos apreendidos estavam sem placa ou com a documentação atrasada, e foram levados para o pátio da polícia em Itajubá.

Fonte: http://eptv.globo.com/noticias/NOT,4,276,381146,Operacao+contra+perturbacao.aspx

Operação contra o tráfico cumpre 7 mandados de prisão no Canudos
Uma pessoa foi presa e um menor detido

25/11/2011 - 12:56

EPTV

Uma operação contra o tráfico de drogas cumpriu sete mandados de prisão na manhã desta sexta-feira (25), no bairro Canudos, em Maria da Fé, no Sul de Minas. A ação conjunta entre as polícias civil e militar prendeu um homem e apreendeu um adolescente de 17 anos. Foram apreendidos um soco inglês, uma touca ninja, uma arma de fogo e material de preparo de drogas.

A operação contou com 30 policiais.

Égua Malhada


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tecla SAP - Esclarecimentos do Sr. Prefeito sobre denúncias e obras (RCM 24/11/2011)



Como a reunião foi agitada e demorou quatro horas, vamos fracionar a nossa Tecla SAP em diversos posts, para não cansar o leitor.

Acompanhe: http://www.4shared.com/audio/Afumm7MK/reunio_24_11_2011_parte__01.html?

00:30 - Oração do Pai-Nosso (E o Estado laico, cara-pálida?).

01:10 - Vereador Jean informa que vereador Toninho Professor não pôde comparecer, pois estava em tratamento médico. Vereador Big Boy nomeado para fazer a função de secretário.

11:15 - Começo da leitura do ofício enviado pelo Prefeito Adilson, que se queixa de comentários maldosos e mentirosos sobre sua gestão, utilizando de politicagem para denegri-lo.

11:57 - Nessa parte, o Sr. Prefeito presta esclarecimentos sobre o carro do Conselho Tutelar. Nega culpa na demora na entrega do veículo, atribuindo-a à morosidade burocrática.

13:17 - Presta esclarecimentos sobre a Igreja Matriz e o imóvel do antigo Banco da Lavoura. Fala da verba chamada ICMS Cultural, repassado pelo IEPHA, cuja destinação é definida pelo Conselho Municipal de Cultura, então presidido por Helber Fernandes Borges de Campos. Alega que, em 2010, este conselho decidiu que a verba seria destinada à pintura da locomotiva, escadaria do campanário, troca de telhas no Centro Cultural e colocação de calhas no casarão do banco.

18:55 - Informa que, pasmem, a Igreja não está tombada pelo IEPHA - nem a Chácara São Benedito, pois as informações do dossiê de tombamento estavam incompletas. Informa que foi adquirida a madeira e contratada a mão-de-obra, que não foi executada por causa das festividades de fim de ano e problemas de agenda do prestador de serviços. Posteriormente, quando a obra ia ser realizada, a paróquia oficiou para não realizarem as obras, pois já existe um projeto de restauro da Igreja. O Sr. Prefeito informa, ainda, que o Conselho de Cultura decidiu que o valor destinado à mão-de-obra seria devolvido aos cofres públicos e que a madeira se encontra destinada a retirada ou desconto com a empresa. A verba passou a ser destinada à manutenção da calçada do Centro Cultural.

24:27 - Sr. Prefeito presta esclarecimentos sobre a UBS (O novo posto de saúde). Diz que a demora na inauguração decorreu da necessidade de compra de materiais adequados e que não colocaria o nome de seu pai numa obra ruim.

26:12 - Fala das obras no Ribeirão Cambuí, orçada em R$ 900.000,00. Que após a conclusão das obras, fará uma pista de caminhada na Av. Dona Mariquinha e a arborizará com ipês amarelos. Acrescenta que os problemas têm ocorrido porque a margem do rio é composta de terrenos instáveis e várzeas. "Por isso, em alguns pontos, a rua está cedendo e ocasionando algumas trincas.". Diz que somente 25% da obra foi executada até a data do ofício.

28:05 - Trata da Delegacia de Polícia. Diz que, quando assumiu a Prefeitura, a Delegacia estava desativada. Que efetuou parceria, colocando computadores e aparelho de fax, além do fornecimento de três funcionários, que foram treinados para emissão de CRLV e RG. Diz que a população está tendo um péssimo atendimento e, por isso, está emplacando veículos em outras cidades.

30:27 - Novamente acusa a oposição de mentirosa e caluniosa. Informa que as portas do gabinetes estão abertas para esclarecimentos a toda população (Inclusive para as éguas do blog, Sr. Prefeito?).

Égua Vegetariana



Áudio Reunião da Câmara Municipal - 24/11/2011

A última reunião durou 4 horas, mas pegou fogo do começo ao fim. Destaque para:
  1. Leitura dos pareceres jurídicos sobre as denúncias do turismo e sobre  a aquisição do caminhão;
  2. Acalorado debate entre os vereadores Valdecy e Luís Antonio;
  3. Uso da Tribuna Livre pelo Prefeito.


Égua Vegeteriana



Se as estrelas brilhassem

Se as estrelas brilhassem...

Juntas, ao mesmo tempo, a todo tempo,

quanta luz irradiaria sobre tudo.

Será a nossa luz, não as trevas, o que mais nos apavora?

Ser brilhante, maravilhoso, talentoso, na certa você,

o incógnito, o anônimo, perguntaria: Quem sou eu para ser?

A resposta virá com uma pergunta: Quem é você para não ser?

Conta a lenda que querendo Deus criar o cavalo, chamou o Vento-Sul:

"De você eu vou gerar um ser para honra dos meus filhos, para humilhação dos meus inimigos e para graça daqueles que me seguirem." Tomou uma mão-cheia do Vento-Sul e fez o cavalo, para que voasse sem asas." Ordenou que se imprimisse numa única criatura olhos tão potentes quanto os da águia, faro tão sensível quanto o do lobo, a velocidade da pantera e a resistência do camelo. Acrescentou ainda a coragem do leão, a memória privilegiada do falcão, a elegância do andar da corsa e a fidelidade do cão.

O motivo de trazer estas informações ao Blog é a afirmação de tratarmos em solo pátrio, tão dignas criaturas, sejam elas pangarés, malhadas, puro sangue, tudo junto e misturado, alados, mitológicos, enfim, um Pasto de diversidades Equinas, que captada como uma imprecação, quando esbravejada por um padre, lá, no passado distante, por razões turvas, prevaleceu um fato inoportuno.

Nem todo animal domesticado obriga-se a viver junto ao homem, ajustando-se ao modo de vida deste. “Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além de qualquer medida”.

A sensibilidade, a velocidade, a resistência, a coragem, memória, elegância, fidelidade são perceptíveis nas criaturas humanas. Em outros mais, em outros, menos. Uns fazem muitas sombras por irradiarem muita luz.

A imprecação quando lançada ao vento, naquele remoto passado, formatou um símbolo de força, coragem, determinação e também a dinâmica da dualidade da existência, ou seja, a covardia, a indiferença, a preguiça, a indolência.

Você é filho do Universo. Você se fazer de pequeno não ajuda o mundo. Não há iluminação em se encolher para que os outros não se sintam inseguros quando estão perto de você. Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de nós. Não está apenas em um de nós: está em todos nós.

Chega o tempo que a vida é uma ordem, e conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros."

Égua da Terra



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Balancete da Câmara Municipal (Abril 2011)


Perguntar não ofende: O que significa diárias à serviço da câmara? São diárias de viagens ? Então porque não se gastou nada de combustível? Os vereadores viajaram voando?


Égua Vegetariana
Égua Malhada




Barreira de urubus salvará imunidade parlamentar dos vereadores de Bruzundaga

Tem urubus nesta história, sim, mas esperem um pouco. Antes, porém, é preciso dizer que, como cidadão de Bruzundanga, tenho direito e mesmo dever. Direito e dever de acompanhar o debate político travado na Câmara de Vereadores de minha cidade. Geralmente não fazemos isso, porque achamos uma coisa chata, porque somos descrentes da política – ou, ainda, porque esquecidos de nossa força.

Mas, como não podemos pensar sempre assim, saí de casa e fui à cidade ver a reunião da Câmara – porque luto pela construção de uma ponte e por melhorias na estrada de meu bairro. Se participando, escrevendo, falando e brigando já é difícil e demorado o atendimento do prefeito - imagine se a gente ficar acomodado em casa e nunca aparecer por lá, para olhar na cara daqueles que o povo elegeu. 

Não perdi tempo. A reunião da câmara foi um grande espetáculo, apesar de cansativa! 

Ela trataria, entre outros assuntos, de possíveis condutas ilegais por parte do poder executivo da prefeitura. Não vou tratar disso aqui, mas de um dos rumos duvidoso e mesmo perigoso que a dita reunião tomou – e que permite à gente rir para não chorar. Por causa disso é que os urubus vão entrar nesta história. 

Tudo começou quando, no meio da reunião, a palavra foi dada a um advogado de quem reconheço a competência e a cultura, no desempenho de suas funções. Ele estava lá para defender um cliente chamuscado e ressentido com críticas dirigidas ao prefeito da cidade, por um honesto membro da câmara, em reunião anterior. Portanto o ilustre advogado fez o que deveria fazer, por todos os meios retóricos que conhece bem, citando leis e alinhando argumentos. Foi farto nisso, como um plantador de batatas no ensino do seu plantio. Quem é do ramo sabe de tudo e mais um pouco... e pode até pecar por excesso, defendendo a moderação. E foi o que aconteceu. 

Para defender a cliente e repreender o vereador, por excesso no discurso crítico, falou muito na falta de moderação no uso da palavra, mas, no fim, acabou cometendo o mesmo pecado que condenava. Foi assim como segue. 

Começou por dizer que a imunidade parlamentar de que goza um vereador, para criticar o executivo e quem quer que seja, não é para cometer abusos. Quanto a isso tem razão. Mas, em seguida, exagerou um pouco, no entender dos membros da mesa e dos ouvintes da platéia. Exagerou quando sugeriu que as críticas de um vereador nem deveriam ultrapassar os limites do município, porque, se ultrapassar, ele cometeria crime sem proteção da imunidade parlamentar. 

Se todos os presentes não exageramos, também, na interpretação, o que ele quis dizer é que a voz crítica do vereador deveria ser baixa, para não ser ouvida por todos e nem muito longe da câmara e do município. Dessa forma, nem o uso do rádio e da Internet seria conveniente, pois esses meios de comunicação fazem a voz crítica dos vereadores soar alto e muito longe, fora do município e mesmo do Brasil. 

Ora, isso, além de ser um exagero, não cabe para o nosso tempo privado de meios de comunicação sem limites. Desse jeito, até os senadores de Brasília poderiam perder a imunidade parlamentar, pois são ouvidos até nos cafundós da China, pela Internet, rádio e TV. Como resolver esse problema, se isso for verdade? 

Os cidadãos da platéia ficaram perguntando: será que o jeito é dizer aos vereadores que toda crítica só pode ser feita cochichada, para ser ouvida por poucos? Será que deveríamos cercar o município com barreiras contra ondas de rádio para que os vereadores possam divulgar o que falam, sem perder a imunidade parlamentar? Muita gente ficou matutando nas possíveis implicações do discurso do distinto advogado. 

Foi aí que os urubus entraram na história. Um cidadão presente (bruzundanguense de coração) sugeriu ao presidente da câmara um projeto para salvar, de uma só vez, o direito de critica e a imunidade parlamentar dos vereadores. E ele explicou como, com ilustração e tudo. 

O projeto dele prevê a criação de barreiras silenciadoras de discurso crítico, nos limites do município de Bruzundanga com os demais municípios. 

Para isso, consultou técnicos renomados em assuntos de ondas de rádio, mas eles disseram que não sabiam de meios para barrar ondas sonoras. Lembraram apenas que os americanos tem um avião pretudo e urubuzento que absorve ondas de radar... mais nada. 

Então, depois de muito estudo e farta imaginação, esse aplicado cidadão achou uma solução: os urubus! Uma barreira de urubus, na vertical, nos limites bruzundanguenses com os demais municípios seria a solução. 

O presidenta da câmara estranhou a proposta, mas a explicação minuciosa do imaginoso senhor não deixou de ser, no mínimo, curiosa. 

Segundo esse senhor, a escolha dos urubus se deve ao fato de essas aves sumidas estarem reaparecendo em grande número com o aumento de fedentinas municipais e carniças à vista. Chegou a pensar na escolha do tucano, que também está reaparecendo, pois ele tem bico grande e duro, mas foi descartado porque tem corpo pequeno. Assim o escolhido foi mesmo o urubu. 

Para o autor do projeto, esses bichos atraem a fedentina municipal que vai pelo ar. A fedentina chega neles e para. Eles chupam a fedentina e vivem dessa chupação catingosa. Por isso, concluiu que, se as ondas condutoras do discurso crítico dos vereadores viajam pelo mesmo ar que carrega o mal cheiro e as catingas, uma BARREIRA DE URUBUS FECHANDO O MUNICÍPIO poderia barrar as catingas e as ondas sonoras condutoras de críticas ao executivo. 

Assim, os vereadores poderiam criticar à vontade. Suas palavras ficariam como gato em saco de estopa – tentando sair do município e só dentro do município. Se isso funcionar, disse ele, estão salvas as duas coisas: o DIREITO DE CRITICAR EM VOZ ALTA, PELO RÁDIO E PELA INTERNET; e a IMUNIDADE PARLAMENTAR dos vereadores. 

O presidente da câmara recebeu o projeto educadamente, agradeceu meio desconfiado do estado mental do proponente, mas prometeu estudo demorado – pois tudo deve ser tentado para salvar as duas coisas preciosas para o exercício do mandato: o direito à crítica e à imunidade parlamentar. 

O problema, diz ele, é achar quem treine esses urubus para o sublime serviço de composição da tal barreira urubuzenta. A tarefa é das mais difíceis... Adestramento é coisa fácil, mas os defensores dos animais já disseram que isso fere o direito dos urubus, que só podem se alimentar de carniça e fedentina puras – sem mistura de coisas tóxicas como ondas de rádio e palavra censurada... 

Como todos podem ver, vai haver impasse... mas dizem as más línguas que tem gente poderosa interessada em ajudar na execução desse projeto, por mais estranho que ele seja... 

Vamos aguardar: nas terras de Bruzundanga tudo pode acontecer - inclusive o comparecimento em massa dos cidadãos às reuniões da Câmara de Vereadores. 

Genésio Fernandes                 

sábado, 19 de novembro de 2011

Campo de trigo e de futebol

Meu pai me contou, saboreando fumaça de pito e eu repasso o narrado. Aconteceu nas Posses ou na Mata dos Zidório: ele não está mais aqui para eu conferir, mas acho mesmo que foi na Mata. Só sei que envolve um campo de futebol com três nomes dos arredores: Cesarino Batista, carpinteiro de primeira e irmão do Zé Tio e do Geraldo Batista.

Há pessoas que amam um campo de futebol, porque, para eles, o campo de futebol é o centro do mundo, da vida, do prazer e da beleza. Houve tempo em que cada lugarejo tinha esse mundo e seu centro, para cada domingo, depois de semana dura fussando a terra nas montanhas pedregosas desta Minas Gerais. 

O campo era terreno do Zé Tio, mas, um belo dia o Geraldo Batista, na ausência do irmão, arou o campo de futebol e plantou trigo... Se todo mundo sabia o que era uma bola e uma jogada bem feita, ninguém naqueles grotões marienses sabia o que era trigo. Aconteceu, porém, que o campo virou trigal com o vento de cada dia e a curiosidade de todo mundo. Os cachos foram surgindo e produziu trigo como nunca, deixando o povo intrigado de queixo caído. 

Dizem que para limpar o trigo, Geraldo Batista o colocou no monjolo cercado de lençóis e virou rei do trigo nas redondezas. 

Meu pai não leu os pensamentos desse homem curioso, nem eu e nem o caro leitor dessas linhas – mas é bem possível que o Geraldo Batista tivesse planos de replantar o campo e, depois, cobrir de trigo terras muito maiores do que se possa imaginar. Mas, contra a paixão do futebol, nem o melhor trigo, nem o pão e a multiplicação dos pães tem poder. Acho mesmo que se Jesus andasse por esses povoados encravados nos grotões e serras, o povo lhe pediria outra coisa: a multiplicação das bolas e dos campos. 

Assim, aconteceu o previsível: o Zé Tiu bateu o pé e disse: “nada de nova plantação, o terreno é meu e contente-se com essa vez” - e deixou formar de novo o campo de futebol, graminha por graminha, o gol, o centro e o lugar de bater os pênaltis. Do “jeitinho que está lá até hoje”, disse meu pai, quando me contou o caso. Será? Não sei se ainda está lá ou se tudo acabou com o sumiço que deram nos campinhos de futebol Brasil afora? 

A essa altura, o contador de histórias considerou que eu estivesse contente e eu, de fato, estava feliz com a figura do Zé Tiu e seu amor pelo futebol, ali pertinho da sua casa, com o alarido dominical dos jogadores e da torcida. Soube disso pela tragada costumeira que dava no pito nos finais dos causos que contava. Então perguntei o que fora feito do outro sonhador de plantações desconhecidas, de lugares muito distantes e de outros centros de mundo. 

Meu pai foi breve. “depois disso, o Geraldo Batista plantou batata, arranjou dinheiro e foi para o Paraná, em Sobradinho. Lá comprou 22 alqueires de mato com água em abundância. Desmatou, montou serraria e ficou rico. Até veio passar uns tempos com a família nas Posses, mas arranjou uma ferida na perna, sem cura, e morreu com isso. Criou duas famílias e deixou todos bem. Diziam que era meio ‘espelotiado’, andava armado, atirou um homem de raspão. Mas todos gente de sabedoria.” 

Historias de nossa terra. Belas e emocionantes histórias e, digo, mesmo: promessas de roteiros de filme... quem sabe um dia. 

Genésio Fernandes

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tecla SAP - As denúncias feitas pelo Vereador Big Boy (RCM 10/11/2011)

Ou Por quem os sinos dobram?

Na reunião da Câmara Municipal de 10/11/2011, o vereador Luís Antonio Delfino (Big Boy) usou da palavra para fazer denúncias gravíssimas, relacionadas à Secretaria Municipal de Turismo, que podem ser ouvidas a partir de 40:10 do seguinte link:


http://www.4shared.com/audio/O9fu4ozG/reuniao10112011.html?

41:16 - Primeiramente, ele relata um episódio da sua infância, quando apanhou algumas laranjas em pomar alheio e, em razão disso, apanhou de seu pai, o que serve para relatar que teve uma educação baseada na honestidade.

44:08 - Ressalta que a finalidade do vereador é levantar provas para fiscalizar a administração. Diz que não é questão de ser oposição, mas não ser omisso e quem diz a verdade, é crucificado, tido como inimigo.

46:25 - Critica os vereadores que são intencionalmente omissos, visando a conseguir favores para seus eleitores, como caminhão de pedra, caminhão de areia.

48:17 - 1ª Denúncia: Nota de empenho de R$ 1.500,00 para pintura da locomotiva situada em frente ao Centro Cultural, para 21 dias de trabalho. Questiona se não foi tempo exagerado.Informa que o serviço ainda não terminou, mas já houve pagamento adiantado.

51:00 - 2ª Denúncia: Despesas com fabricação e instalação de 43 metros de calhas e 45 metros de condutores no imóvel situado a Rua Cel. Silvestre Ferraz, 25, de propriedade da Sra. Márcia (Antigo prédio do Banco da Lavoura). Ressalta que a Lei Municipal nº 1.081/98, diz que o Poder Público pode auxiliar na manutenção de bens tombados apenas com fornecimento de mão-de-obra e pintura externa. (Nota do blog: Nada temos contra a Sra. Márcia Freitas, para qual abrimos espaço para, querendo, se manifestar sobre o caso).

54:10 -  3ª Denúncia:  Fornecimento de 5.500 telhas de barro para reforma do telhado do Centro Cultural. Ressalta que houve troca sim, mas na gestão Mussulini, com previsão de durabilidade de uns dez anos (Nessa parte, a qualidade do áudio fica muito ruim).

58:55  - 4ª Denúncia (a mais grave): Fornecimento de madeira de peroba e eucalípto para reforma do campanário da Igreja (Nota do blog: Atualmente os sinos não tocam, pois correm risco de caírem), no valor de R$ 7.865,00 e despesas com serviços de carpintaria. 

72:55 - Informa que o padre deu parecer escrito declarando que nenhum serviço foi executado na Igreja.

Égua Vegetariana

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Áudio Reunião da Câmara Municipal - 10/11/2011

Em breve colocaremos nossa "Tecla SAP", com a descrição dos fatos mais importantes. Confiram o áudio:
http://www.4shared.com/audio/O9fu4ozG/reuniao10112011.html?

Égua Vegetariana


Amor por dinheiro!

Para pensar ...

Afinal o importante "é ter Deus no coração" né?

Amor por dinheiro
Titãs

Acima dos homens, a lei
E acima da lei dos homens
A lei de Deus

Acima dos homens, o céu
E acima do céu dos homens
O nome de Deus

E acima da lei de Deus
O dinheiro!


Que mata, salva, compra amor verdadeiro
Que suja, limpa, compra amor por inteiro

Amor verdadeiro
Dinheiro, amor por dinheiro!


Égua Malhada

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Procura-se o Engenheiro das obras de Maria da Fé

Perguntar não ofende: Aonde foi parar o respeito com o cidadão Mariense?

Me recuso acreditar que as obras do Ribeirão Cambuí e do Posto de Saúde UBS tenha algum engenheiro responsável.

Não é preciso ser um expert para desconfiar que obras as margens de rio e riachos são perigosas.

Além de estar em iminente perigo de alagamentos, como é o caso do terreno onde se edificou a UBS (Av. Luiz Corrêa Cardoso, cruzamento com o Ribeirão), ao se construir em terreno de encosta ,a obra encontra muita facilidade em ruir, uma vez que, salvo exceção, os solos em margens de rios apresentam caracteríticas de humidade e baixa consistência.



Bom, é necessário deixar claro que não sou uma égua engenheira, mas em nenhuma hipótese acredito ser normal pedações de ruas serem engolidas pelas margens de rios e nem uma obra, que nem sequer foi inaugurada, apresentar diversas rachaduras como nas fotos publicadas aqui no blog.




O caso é ...

Quem é o engenheiro das obras da UBS e do Ribeirão Cambuí?

Porque o Posto da UBS está com enormes rachaduras, se nem ao mesmo foi inaugurado?

Porque o Riberião Cambuí estão "engolindo" as ruas em suas margens?

As duas obras tiveram licença ambiental para serem realizadas?


Ao Sr. Engenheiro dessa obra (se existir), abrimos espaço para defesa e justificativas!


Égua Malhada


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cem anos de solidão

Mil anos vão passar e Maria da Fé será uma cidade com qualidade de vida igual ou superior a das cidades do interior da Europa ou dos Estados Unidos. Todos nós cedo ou tarde deixaremos a existência para seguirmos a jornada da alma. Mas o Mundo vai permanecer e a cidade, que no ano que vem faz 100 anos, também permanecerá. Dessa forma, um dia chegarão os 1.000 anos. É uma bobagem pensar que os milênios não passam, porque eles já passaram inúmeras vezes. 

Quando esse tempo tiver passado eu afirmo, com certa margem de segurança, que o que nós sonhamos hoje estará realizado. Eu, particularmente, sonhei o seguinte: 

Construiríamos um observatório de astrofísica no Pico da Bandeira, porque, ao invés de ficarmos atribuindo a construção do Observatório Pico dos Dias, em Brasópolis, à “questões políticas”, reconheceríamos que a escolha foi baseada em evidências científicas de que lá era realmente o melhor lugar. Mas considerando que aqui seria então o segundo melhor lugar, a Câmara de Vereadores, expediria uma carta aos nossos jovens que se formaram no conceituado curso de Física da UNIFEI convidando-os a elaborar um projeto solicitando recursos dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia para construirmos nosso observatório. Competência eles tem, alguns inclusive possuem os graus de Mestre e Doutor. Além disso, o observatório de Brasópolis já está sobrecarregado, já que até os cientistas e acadêmicos da USP (e de outras instituições) que realizam pesquisa lá precisam entrar numa longa fila para conseguir horários para a utilização dos telescópios. 

Entre os funcionários vinculados à prefeitura haveria pelo menos um arquiteto e um engenheiro. Eles trabalhariam projetando a reforma e a revitalização das casas que ou são moradias insalubres ou são perigosas, como por exemplo, sob risco de desabamento. O material seria comprado em grandes leilões ou em grandes lotes negociados por intermédio de empresas juniores, situadas nas universidades e faculdades da região. Assim, o preço seria o mais barato possível e os próprios donos das casas poderiam pagar pela obra, em parcela única ou através de financiamento a juros simbólicos. Não precisariam, portanto, nem onerar ao Estado nem dever favor. Talvez essa ideia fosse utilizada para todo o projeto arquitetônico da cidade, tornando-a um exemplo de urbanismo e paisagismo com conseqüências inclusive sobre o turismo. 

Nesses mil anos teríamos superado o fracasso que é o nosso sistema de esgoto. Ele seria 100% tratado, e os resíduos poderiam ser utilizados para a produção de biogás nos biodigestores para gerar parte da energia que nós consumimos, barateando a conta de eletricidade. Quem sabe o Ribeirão Cambuí não teria no seu trajeto urbano 2 ou 3 estações de banho público. Acho que até lá isso ainda se chamará sustentabilidade

Quanto ao meio ambiente, teríamos projetos de reflorestamento (com fins econômicos ou não), bancos de espécies e viveiros públicos bem geridos. Haveriam empresas de extensão rural baseadas nos modelos norte-americanos e o solo e água seriam bem manejados, pois o produtor rural teria assessoria de ponta. Para aqueles que têm fontes de água que contribuem para o abastecimento da cidade, poderia haver alguma gratificação pela adequada conservação do local da nascente e trajeto da água. 

Na saúde, teríamos 1 médico para cada 2.500 habitantes. Mas seriam médicos generalistas (médicos da família), já que eles têm capacidade de resolver 85% dos problemas de saúde da população. Só seriam encaminhados para consultas com especialistas ou para cirurgias em outras cidades os outros 15%. Não precisaríamos gastar dinheiro aqui com hospitais se a rede de atenção primária à saúde fosse bem estruturada na região, considerando que nas cidades maiores existem hospitais de médio e grande porte para atender aos casos mais complexos. 

Haveria um bom serviço de estatística para avaliar as grandes áreas como saúde, educação e segurança, orientando os nossos governantes na arte e na ciência de governar. Quanto à justiça, teríamos um local para a realização de reuniões de conciliação, um juizado de pequenas causas e de litígios trabalhistas. Fóruns em cidades pequenas continuariam fora de moda. 

Todos esses projetos seriam feitos de forma bem planejada, e não precisaríamos ficar praticando essa política de favores, na qual deputado “fulaninho de tal” é contactado para ajudar a comprar um simples aparelho de radiografia (o que não se justifica mesmo se fosse um aparelho de tomografia computadorizada ou de ressonância nuclear magnética). Isso porque os projetos seriam enviados diretamente para as secretarias de estado ou para os ministérios. Não precisaríamos sequer tocar no orçamento municipal, que já está bastante ocupado financiando a compra de cestas básicas, telhas, latas de areia e dentaduras. O prefeito não seria avaliado por ter ou não “coração bom”, mas sim por sua competência, capacidade de realização e visão de futuro

O dia em que tudo isso vai acontecer chegará sim. Mas hoje, depois de ouvir as declarações de um vereador sugerindo a construção de uma área coberta para que uma meia dúzia de pessoas jogue truco na entrada da cidade ou no jardinzinho da igreja, eu vi que pensando assim, estou condenado a pelo menos cem anos de solidão. Parece que estou correndo atrás do vento, talvez fosse até mais adequado mudar meu nome para Égua Cata-Vento

Fico imaginando as mulheres marienses que sustentam a casa trabalhando em Itajubá voltando de carona no carro de um vereador (ou candidato) depois de uma jornada de trabalho cansativa e vendo o marido jogando cartas na entrada da cidade, isso sem mencionar os visitantes e todo o resto da população que discorda dessa prática em público. E os justos trabalhadores que vão à missa no domingo de manhã na ora do pedido de perdão. Terão que escutar um grito bem alto de “seis” e/ou “truco”. Acredito que, assim como Jesus o fez, eles também rogarão “Pai, afasta de mim esse cálice” (de vinho tinto de sangue).

Égua Astronauta


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Bem vindo à Primavera

No dia 23 de setembro a duração do dia é exatamente igual à duração da noite no hemisfério sul da Terra. Esse fenômeno demarca o início da primavera para a porção do Mundo abaixo da linha do Equador. A palavra primavera vem do latim primo vere que significa “no começo do verão”, adequadamente interpretada pelos poetas como “época primeira”, “aurora”.

Ela é a estação representativa do novo, do jovem. Talvez seja por isso que alguns movimentos de contestação política têm recebido esse nome ao longo dos tempos. Vamos então a uma breve história dessas primaveras.

Em 1848 uma série de revoltas ocorreu em nações da Europa Central e Oriental. Elas surgiram da insatisfação do povo com o fracasso dos regimes governamentais da época (monarquias) em realizar reformas políticas e econômicas, além da falta de representatividade da classe média junto ao Estado. Esse conjunto de movimentos ficou conhecido como Revoluções de 1848 ou Primavera dos Povos.

Cento e vinte anos depois, em 1968, na já extinta Tchecoslováquia, houve uma tentativa de humanizar o perverso e severo socialismo através de mudanças que concediam aumento de algumas liberdades, como a de imprensa, por exemplo. Desta vez, entretanto, as propostas vieram dos governantes, mas desagradavam aos líderes da União Soviética em Moscou. Esses determinaram a invasão da capital da Tchecoslováquia, Praga. Os habitantes da cidade fizeram uma resistência pacífica, muito bem organizada graças à utilização de rádios amadores. O movimento, contudo, acabou sendo eliminado, mas o ato de coragem das pessoas envolvidas ficou conhecido como a Primavera de Praga.

No ano de 1989, na República Popular da China, estudantes e trabalhadores protestaram contra o Partido Comunista da China e sua política autoritária, que construiu um país fechado onde praticamente não havia liberdade. A imagem de um estudante desafiando um tanque de guerra na Praça da Paz Celestial tornou-se um dos maiores símbolos da denominada Primavera de Pequim.

Recentemente, em alguns países do Oriente Médio e norte da África, o descontentamento com a situação social e econômica gerada por regimes incompetentes que insistiam em permanecer no poder, fez como que eclodissem protestos de médio e grande porte. No Egito, Tunísia e Líbia, esses protestos viraram revoluções (houve a queda dos seus chefes de Estado). A esse fenômeno, potencializado pelo uso da internet, deu-se o nome de Primavera Árabe.

Protestos e demonstrações de insatisfação fazem parte da história do Mundo, assim como faz parte de sua natureza girar fazendo como que os dias e noites se sucedam. Existe uma equação simples que explica o nascimento dessas manifestações de descontentamento e ela é a seguinte: insatisfação social + falta de representação de determinados grupos sociais no poder + insucesso econômico e financeiro = revolta.

Muitas das características de todas as Primaveras estão presentes no atual conjunto de circunstâncias da nossa cidade (na verdade já estão há bastante tempo), e eu não me refiro apenas ao fato de estarmos na “primavera”. A nós (população) cabe fazermos a revolução, e isso depende de ferramentas potentes como o voto criterioso, o protesto dirigido e a fiscalização imparcial. Acredito que falar sobre política e história também pode ajudar.

Égua Astronauta