Homenagem ao centenário

Sabe aquela cidadezinha que tem lá no Sul de Minas Gerais. Essa mesma, pequenininha, simpática, bonita, hospitaleira fincada no meio da Serra da Mantiqueira. Então, aquela que você tem seus pais morando nela, junto com seus avós e parentes, além de alguns camaradas que nunca te esquecem. De tão pequena, ora pessoas te tratam muito bem e com carinho, mas ora te esnobam e te ignoram. Deve ser mal de cidade pequena, onde tudo é tão próximo, perto ou do lado de casa que muitos sabem muito além deveriam saber. Isso deve acontecer porque sempre é bom bater um papo com aquela pessoa que te param, ouve atentamente você falar, discutem e te dão conselhos, onde se podem passar horas em que sempre há assunto para se tratar. Faz parte, porque senão seria um paraíso aquele lugar. 

Uai, pois é essa cidadezinha vai comemorar seu aniversário, e não é qualquer aniversário, apesar de todos serem únicos, mas sim o seu CENTENÁRIO. Cem anos atrás começava uma história diferente em Minas. Outras cidades formam-se em torno de rios, fazendas, encontro de comerciantes e tantas outras formas. Essa não começou moderna, cresceu e se formou nos arredores da estação, por onde passava a Maria Fumaça; de certo maneira, a forma mais moderna de constitui-se uma cidade. 

Tiveram pessoas importantíssimas frutos dela, desde políticos astutos e comprometidos, fazendeiros, empreendedores, geniais artesãos, além de tantas outras marcas. Enfim, tá na essência do mariense a inovação e a persistência. Começou em pleno século XX e sempre acreditou, e lutou, naquilo que seus homens e mulheres acreditaram que seriam a forma de desenvolver e crescer eles, a suas famílias e por consequência a sociedade. Formou-se nos arredores da estação, dos pomares, da fábrica de doce, cerâmica, plantações de café, cenoura, batata, além-claro do leite pra fabrica queijos. Ou seja, parafraseando Vinícius de Moraes: Me desculpem as outras cidades brasileiras, mas MARIA DA FÉ é bom demais. Parabéns pelo centenário

Mario Barbosa