domingo, 28 de outubro de 2012




A REGRA É VENDER
 
É o boato, a fofoca, trocando em miúdos, é afirmar para aqueles que são os cidadãos comuns, os “que pagam o pato”, o “banquete”,  os que “engolem os sapos”, servidos em alguns pratos abaixo, recheados de veneno e nenhuma consistência:


  •  Que o sistema de ensino ANGLO será retirado.
  • Os implementos agrícolas cedidos, mediante uma pequena taxa, não mais serão disponibilizados.
  • As festas, festivais, eventos incentivadores das iguarias locais, o artesanato, o comércio de forma geral, serão abolidas.
  • Os veículos disponibilizados para viagens para Cursos, Congressos, Tratamentos, serão restringidos.
  • As doações serão canceladas.

É a chamada desconstrução do adversário.  São as estratégias de guerra para a manutenção do poder. Mortal Combate. As armas são as Bocas Malditas. A munição, as palavras, projetadas nos alvos metodicamente arquitetados.

Da estratégia, incluem-se:


  • Gastar as verbas específicas das áreas consideradas essenciais;

  • Nutrir todas as possibilidades de juntar forças e...

  • DOA A QUEM DOER!!!!


Depois, após os poderes estarem em sintonia, (amarrados), prontos a se auto defenderem, colocando o que foi tirado no lugar, a vida seguirá na mais perfeita harmonia.

Por Lei, a Câmara só poderá ter acesso ao movimento das contas de 2012, após alguns meses.

Perfeito!

Amor à cidade? Consciência do bem comum? Melhorias? O QUE É TUDO ISSO?
Bobagens. Palavras bonitas. 

Manipular é imprescindível!

Aí temos um fenômeno interessante: 


UMA PLANTA NOVA PODE SER CRIADA A PARTIR DE UM GALHO.
A NOVA PLANTA IMITA A VELHA. A VIDA IMITA A VIDA.
A CONVIVÊNCIA IMITA A CONVIVÊNCIA.
SEM IMITAÇÃO, OS PÁSSAROS NÃO VOARIAM EM BANDO, CONFIGURANDO FORMAS GEOMÉTRICAS SURPREENDENTES.
SEM IMITAÇÃO NÃO PODERÁ HAVER ORDEM NAS SOCIEDADES HUMANAS OU EM COLETIVO ALGUM CAPAZ DE INTERAGIR.


Como desfecho deste triste fato, não podemos negar que a COOPERAÇÃO, “atributo do modo como os seres humanos se organizam”, brotou beneficiada da quase unânime condição que se encontram muitos cidadãos, no modo de ser e ver a vida, ou seja, sem escolha, sem importância. 

Naturalmente, espontaneamente, perseguiram a risca o lugar nenhum, ou a terra do nunca.

“Minha Vida/ era um palco iluminado / eu vivia vestido de dourado / palhaço das perdidas ilusões...” 
(Chão de Estrelas).




quarta-feira, 10 de outubro de 2012

DA PRÁTICA DA POLÍTICA COMO "ARTE DE GUERRA"

UM DESABAFO

Eleições não são momentos de culminância do processo de democratização.
Só pessoas tolas podem acreditar nisso. 

São exemplos lamentáveis de aplicação da política como continuação da guerra por outros meios.

Como é que alguém, em plena sanidade psicológica, pode achar normal, natural e até admirável essa história de desconstrução de candidatos? 

A palavra "desconstrução" é um eufemismo para destruição mesmo. Então, dizem os comentaristas, sem atentar para o mal que estão espalhando, "fulano não teria crescido nas pesquisas sem 'desconstruir' beltrano".

Ora, nós, os humanos, não fomos feitos para isso (ou, em outras palavras, isso não é constitutivo do humano). Só alguém muito impregnado de ideologia necrófila pode achar que é assim mesmo, que nós somos inerentemente competitivos e outras falsificações grosseiras (a ciência não nos oferece qualquer justificativa para tais alegações).

Tudo isso foi absorvido pelo pensamento econômico que vivemos em uma guerra universal e permanente. 


É o estado natural do mundo social em virtude da natureza humana ser assim voltada para o conflito. E aí transformamos o reconhecimento do conflito em culto ao conflito.

Não sei como pessoas inteligentes podem admitir que a regulação da esfera pública - e a constituição de um sentido público - possa se dar a partir da guerra entre organizações privadas, cada qual querendo se apossar de um butim.
(conjunto de bens materiais e de escravos) ... Se o número de agentes do sistema fosse muito) seria possível conceber uma regulação não-equívoca emergente. 
Mas com um número de quadrilhas tão pequeno (sim, quadrilhas, bandos: os partidos são isso) não há como conceber essa mágica.

Se apenas 30 pessoas pagassem impostos, parece óbvio que não se poderia falar de uma receita pública. Se apenas 30 quadrilhas guerreiam entre si não há como imaginar que o resultado dessa dinâmica adversarial - que visa, precipuamente, a destruição do outro - possa gerar algum sentido público.

Sei, sei... liberais e estatistas não acreditam nessas coisas, nada cogitam sobre complexidade, sobre emergência, sobre a fenomenologia da interação e ficam lá fundeados nos seus preconceitos dos séculos passados e nas categorias impotentes para explicar a sociedade-em-rede.
...
Com toda humildade de que sou capaz, digo: a despeito do que avaliam que sejam os seus interesses (poder, fama, glória, fortuna), esses caras, antes de qualquer coisa, são burros mesmo. 

E cá estamos nós, condenados a viver ouvindo suas análises, análises de burros.

 (Augusto Franco).