Maria da Fé, ainda hoje, vive as sombras de suas próprias vontades. O silêncio é adotado como forma latente de sobrevivência.
Talvez reflexos da ditadura, talvez reflexos de um passado onde o coronelismo imperava, talvez o “mix” de tudo isso.
O silêncio diante das mazelas públicas está de tal forma, tão intrinsecamente ligado a história do nosso povo, que se mobilizar e apontar os erros de um terceiro, leia-se poder público, significa assinar “declaração de culpa”, afinal, "jogue a primeira pedra quem nunca errou". Talvez daí, o sentimento de culpa subjetiva, por participar indiretamente dos “benefícios” recebidos, de um e de outro agente público.